As festas que entusiasmam, divertem e convocam
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Famalicão está em festa! Santo António não é só de Lisboa. Em Vila Nova de Famalicão, a festa também é rija, com bailaricos, sardinha assada, marchas, farturas, pão com chouriço, bifanas, manjericos, muita tradição e muita, muita animação.
As centenárias Antoninas são a manifestação identitária de um povo e o seu momento dionisíaco. As pessoas convergem para a cidade para se libertarem das amarras da rotina e celebrarem a alegria e a diversão.
A festa tanto se faz à mesa dos restaurantes improvisados e das tascas, como a correr e a marchar nas caminhadas e provas desportivas, tanto se faz na rua a assistir à beleza das marchas, como a dançar e a cantar dentro delas, tanto se faz a assistir aos concertos, como a deambular pelas vendas ambulantes e pela feira popular.
As Antoninas são muito mais do que uma romaria. São as festas da cidade que preenche a alma dos famalicenses e deslumbra e entusiasma os visitantes. São cartaz turístico, mas sobretudo expressão cultural.
Por isso, em 2022, não foi com surpresa que as Festas Antoninas foram inscritas no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial de Portugal. A importância da romaria, enquanto reflexo da identidade da comunidade, está bem vincada ao longo das suas muitas páginas de história. Encontra-se entre as maiores romarias do país e a qualidade do seu programa, sobretudo das suas majestosas marchas, rivaliza com todas as outras que se organizam do Norte ao Sul de Portugal.
Até à próxima quinta-feira, 13 de junho, dia feriado municipal, é boa altura para visitar Famalicão. Ou melhor, é uma das melhores alturas, porque outras há ao longo de todo o ano. Uma comunidade que fervilha de associativismo e de empreendedorismo é uma comunidade com iniciativa e energia e o seu pulsar reflete-se em múltiplas iniciativas ao longo de todo o ano.
As marchas que saem à rua na próxima quarta-feira à noite são na verdade um bom reflexo dessa energia, desse envolvimento comunitário, dessa qualidade de ação.
Junho é por excelência o mês dos santos populares. Primeiro, vem o Santo António a abrir o apetite para o tempo de verão, para uma maior vivência de rua, para uma maior predisposição social.
As comunidades e as pessoas precisam disso. Precisam destas expressões que as fazem sair dos seus casulos individuais para viverem e experienciarem o coletivo. Somos seres sociais e a nossa realização e bem-estar individual dependem do nosso reconhecimento e bem-estar coletivo.
As Festas Antoninas são, por isso, muito mais do que umas festas. São identidade, são desafio, são convocatória. São investimento nas pessoas e no território.
Até à próxima quinta-feira, é tempo de descobrir Famalicão e os famalicenses, e com eles celebrar a vida e a alegria.
Sejam bem-vindos a Famalicão!