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Os adeptos são sempre exigentes por natureza, muitas vezes pedem o inatingível, mas o melhor sinal que uma equipa lhes pode transmitir é a ideia de que há uma evolução e um processo de crescimento em curso em relação ao passado. A participação do F. C. Porto no Mundial de Clubes é um exemplo de preocupação para os olhares críticos, porque os jogos têm sido uma amostra de lacunas que o tempo tarda em corrigir e lançam um olhar de preocupação e ameaça para o futuro próximo.
Os dragões continuam inseguros na defesa, nem sempre conseguem controlar as emoções do jogo e desperdiçam muito no ataque. Têm ainda quebras inexplicáveis de rendimento como se viu no apagão coletivo da segunda parte do jogo com o Inter Miami, um adversário recheado de jogadores veteranos, mas perfeitamente ao alcance dos dragões que chegaram ao intervalo a vencer por um golo, com oportunidades para ampliar a vantagem, mas depois do descanso entraram num processo de destruição coletiva.
Tudo somado, Martín Anselmi tem responsabilidades porque tarda em consolidar processos e desperdiça oportunidades para dar sinais que pode ser o treinador capaz de colocar o F. C. Porto na rota do sucesso. Esta corrente forte arrasta e expõe André Villas-Boas junto dos adeptos, que até podem estar agradados com a recuperação financeira, mas se o clube estiver arredado do sucesso desportivo depressa o estado de graça do presidente se desvanece e fica exposto às mais variadas críticas. O que é perigoso para quem está na cadeira de sonho.
*Editor