Corpo do artigo
A Ciência proporcionou as vacinas à humanidade, pelo que deve haver uma mobilização coletiva para que sejam eficazes. Ajudam a humanidade a evoluir, a encontrar novas e melhores soluções, mais rápidas e mais eficazes.
Se pretendemos alcançar civilizações evoluídas, viver num mundo melhor e solidário é fundamental acreditar no progresso científico.
Um ano depois do aparecimento da infeção por Coronavírus SARS-COV2, causando a Pandemia Covid-19, a ciência foi capaz em tempo record, produzir milhões de vacinas que estão a chegar às populações.
Durante este período de renovada esperança na importância das vacinas, a sociedade tem sido confrontada e exposta a um excesso de informação sem precedentes, com intoxicação e infodemia, com uma imensidão de dados, muitas vezes incorretos, mal interpretados, com o enorme risco de por em causa a confiança das populações na importância das vacinas.
Importa que os vários intervenientes nesta matéria por parte das Sociedades Cientificas e das autoridades sanitárias, tenham a mesma linguagem de modo a dar suporte às autoridades governamentais na credibilidade das medidas propostas, de modo a haver maior aceitação social das mesmas, quanto á mobilização coletiva para vacinação.
Com a vacinação, resultará desde logo uma significativa diminuição da pressão nos Serviços de saúde, quer nos internamentos hospitalares em enfermaria ou nas Unidades de Cuidados Intensivos, bem como da mortalidade nos grupos mais vulneráveis e posteriormente á medida que se alcança a imunidade de grupo, diminuirá a transmissibilidade da doença e finalmente podemos recuperar a nossa anterior normalidade social e económica.
Para se atingir a imunidade coletiva a vacinação voluntária é imprescindível, pelo que é fundamental transmitir á sociedade confiança, através da divulgação de informação credível, racional e objetiva, sobre possíveis riscos e dos múltiplos benefícios da vacinação.
Fazer frente à pandemia é uma obrigação e um compromisso que deve englobar todos os cidadãos para além dos profissionais de saúde, como foi obtida com as medidas de proteção individual na presente Pandemia.
É contudo ainda mais importante, o compromisso de toda a população em receber as vacinas.
Da mesma forma que a globalização contribui positivamente na disseminação da pandemia por todo o planeta, para a suster e controlar, a vacinação e o seu acesso deverá ser um compromisso global.
Isto implica que todos os países sem exceção, necessitam de atingir uma cobertura vacinal suficiente, pois nunca podemos esquecer que as doenças infeciosas acompanham as pessoas.
Pela primeira vez na história da humanidade devido às vacinas, se dispôs-se de meios para se poder controlar em tempo record a Pandemia, através da imunização da população mundial, evitando um maior número de mortes.
As vacinas, demonstraram ser a única opção disponível para evitar consequências da doença por Covid-19, pelo desenvolvimento por parte do sistema imunológico de uma proteção direta frente ao vírus.
Importa agora, que todos os cientistas, profissionais de saúde e a população em geral, consigam no menor tempo possível a imunidade indireta necessária, através da vacinação que o vírus deixe de circular.
Esta é a única esperança para que o mais cedo possível, possamos recuperar a nossa normalidade.
O que já não se vê, com facilidade se esquece. Da mesma maneira que só nos recordamos muitas vezes pela televisão de doenças como a Poliomielite, o Sarampo, a Rubéola e Varíola, como fazendo parte do passado, que matavam milhares de pessoas todos os anos, até metade do século XX.
Este é o verdadeiro êxito das vacinas, ao protegermos tão eficazmente contra às doenças infeciosas, faz que rapidamente nos esqueçamos destes problemas e portanto de eficácia das vacinas.
Importa pois que, todos sem exceção, considerem ser um desígnio Nacional, as recomendações da "EMA"- Agencia Europeia do Medicamento e da "ECDC"- Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, que apelam à vacinação como a " chave" para toda a proteção contra o Covida-19, incluindo a variante Delta, evitando mais mortes.
Este apelo inclui todas as faixas etárias elegíveis e que ainda não foram vacinadas como os jovens dos 12 aos 18 anos.
*Diretor do Centro Materno Infantil do Norte