Depois da "melhor exibição da época" e de uma vitória que mantém a esperança na Champions, era com expectativa que se aguardava pela sempre difícil visita a Moreira de Cónegos e o encontro com uma equipa treinada por um jovem e talentoso treinador, a fazer uma boa temporada, sem "autocarros" e com futebol bonito. Era, pois, uma boa oportunidade para confirmar, ou não, o que parecia ser uma notória subida de forma, tática e física, e maior confiança de uma equipa que não está a ter uma época fácil.
A goleada frente ao Moreirense, com Pavlidis a destacar-se com um hat-trick, confirmou um Benfica muito diferente do início da época, rápido, agressivo e pressionante a tempo inteiro, com criatividade e capaz de concretizar as oportunidades. Finalmente, a equipa parece jogar de "olhos fechados," com um onze definido e mostrar capacidade para suprir a falta de extremos, com laterais muito ofensivos, Barreiro a confirmar utilidade como "falso dez" e Sudakov e Ríos a subirem e muito de forma, ajudando o "habitual" Aursnes a brilhar. Ainda houve tempo para dar minutos a Manú e a Rego e consolidar a aposta em José Neto. É caso para dizer, assim, sim, é o Benfica que os adeptos desejam, capaz de ganhar e encantar num terreno difícil e onde tinha deixado pontos nos últimos anos. Que seja o arranque para um final de ano em que terá de receber o Famalicão e ir a Braga, num difícil final de primeira volta. Agora que obteve a sexta vitória fora, é impossível não pensar na forma como esta equipa perdeu seis pontos em casa, nos últimos minutos, frente a adversários do fim da tabela e com erros individuais evitáveis.
*Adepto do Benfica

