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A frase caiu como uma bomba: "Agora toda a gente se preocupa, como um bando de virgens ofendidas, - desculpem a expressão, mas eu sou do Alto Minho, uma terra onde não há virgens". A conferência de imprensa da deputada do PSD Emília Cerqueira era sobre palavras-passe comunitárias, mas rapidamente descambou para a ausência, inteiramente por comprovar, do estado floral das mulheres que vivem acima de Braga. De dedo em riste, olhos fogosos e uma expressão facial que, a espaços, chegou a ser intimidante para quem, em casa, assistia àquela dissertação sobre as veleidades da informática, a vianense garantiu ao país que demorou três anos a perceber que, ao entrar no computador de um colega com a palavra-passe deste, estava, na verdade, a assinar o ponto por esse colega. Algo em que, mesmo para as virgens que ainda possam resistir no Alto Minho, é difícil de acreditar. Mas também não se pode exigir aos deputados que saibam tudo. Dominar leis é uma coisa, controlar ambientes de trabalho do Windows é outra. Aposto que a password era "nãohávirgensnoParlamento".
JORNALISTA