Ativo estratégico para a economia nacional
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O Futebol Profissional é hoje uma das mais relevantes indústrias nacionais. Mais do que emoção e espetáculo, representa um ecossistema económico robusto, com impacto transversal em múltiplos setores - do turismo à comunicação, da tecnologia à formação. Gera mais de 4400 empregos diretos, contribui com mais de 662 milhões de euros para o PIB e assegura mais de 268 milhões em receitas fiscais. Este é um setor produtivo, com resultados mensuráveis e impacto estrutural na economia portuguesa.
Num momento em que se discute o Orçamento do Estado para 2026, torna-se imperativo reconhecer o Futebol Profissional como um ativo económico estratégico. Um setor que exporta talento, atrai investimento, promove a marca Portugal e projeta o país a nível global.
A competitividade do Futebol exige, contudo, um enquadramento fiscal moderno e equitativo, alinhado com o estatuto cultural e económico que o setor já alcançou. A redução do IVA sobre os bilhetes para 6% é uma medida de coerência e justiça, equiparando o Desporto às restantes indústrias culturais. Da mesma forma, a adequação das taxas de IRC e IRS aplicáveis às Sociedades Desportivas é crucial para reter talento, estimular o investimento e reforçar a sustentabilidade financeira do setor.
Tratar o Desporto Profissional como o que efetivamente é - uma indústria com impacto macroeconómico e capacidade de gerar crescimento e receita fiscal - é uma decisão de política pública inteligente e estratégica.
O Orçamento do Estado de 2026 tem a oportunidade de o provar: valorizar o Futebol Profissional é investir no futuro económico de Portugal.