O cardápio da semana no Dragão apresentou duas equipas raçudas e com personalidade, a discutir cada lance no limite da agressividade.
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Tanto Atlético de Madrid como Braga, exigiram do F. C. Porto uma disponibilidade física e um espírito colectivo que, provas de fogo, deixaram marcas. Marcas psicológicas, a cargo dos madrilenos, pela forma cínica e teatral como carimbaram os oitavos de final da Liga dos Campeões, arredando os dragões do lugar de passagem que bem fizeram por merecer ao longo da fase de grupos. Marcas físicas, por um Braga que Carlos Carvalhal soube (e bem) adaptar ao jogo, com muitas mudanças e muitos jovens, mas que usou e abusou de entradas duras e no limite do que é suportável. Luis Díaz que o diga. Esta semana, fazer das fraquezas forças foi um lema do F. C. Porto mas também dos seus adversários.
O domínio do jogo pelo FC Porto foi oxigénio de primeiras partes. Em ambos os jogos, os primeiros 45 minutos poderiam ter decidido o sentido final. As segundas partes, mais divididas, tiveram também um denominador comum: reentrada em campo assertiva e duas boas oportunidades desperdiçadas. Depois, para quem não marca, o que se sabe: sobra exposição ao risco e aos nervos. A exuberância de Luis Díaz e Vitinha nos dois jogos, deixa qualquer adepto em deleite. A capacidade e influência de Uribe com o Braga, lança a suposição do que poderia ter sido se jogasse frente ao Atlético de Madrid. A eficácia, que tanto se trabalha e fará por merecer, não assiste ao momento de Taremi. Pepe, soma influência decisiva e pequenas lesões que o vão subtraindo a momentos particulares da equipa, temendo os adeptos que venha a faltar em jogos decisivos. Caso Mbemba saia no mercado de inverno, como é previsível, e Marcano com lesões que teimam em não o abandonar, o F. C. Porto terá que estar comprador de um central que equilibre o leque das opções.
A reacção à queda da Champions para a Liga Europa teve que ser apresentada num jogo de particular dificuldade frente ao Braga. Prova superada.
As lesões de Pepe, Wendell e Evanilson são contrariedades que podem expor algumas fragilidades do sector defensivo e atacante da equipa.
*Adepto do F. C. Porto