Corpo do artigo
Ir ao Batô não é ir a uma discoteca qualquer. É entrar num mundo de saudosismos às camadas, descansar nos recantos de um casco de navio, trautear canções memoráveis, dançar e sair tranquilos, porque este lugar da noite nunca foi sinónimo de degradação. Ir ao Batô é ir jantar a Leça da Palmeira, é honrar um sítio com quase 54 anos que nunca incomodou ninguém. Pelos vistos, nestes novos tempos em que o turismo é que define os dias das nossas urbes, já incomoda alguns. Um lugar que nunca chateou os vizinhos - enquanto os teve e não viu o casario dobrar-se à ganância da hotelaria - chateia agora forasteiros que passam ali menos de uma mão cheia de noites. Fechou até ver. Sim o turismo ajuda a recuperar cidades envelhecidas. Mas também pode desferir duros golpes na sua história...