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No passado dia 12 de outubro, terminou o ciclo de governação autárquica do PSD que durava há já 28 anos. Tornei-me a primeira mulher presidente da Câmara Municipal de Bragança.
O slogan da minha candidatura foi "Bragança: um novo futuro", porque o concelho precisava de romper com o imobilismo do passado e voltar a acreditar num futuro promissor e devolver a esperança desse futuro melhor aos brigantinos. E o futuro é já!
E agora, o que esperar? O que esperar de uma mulher num concelho do interior do país?
Num concelho onde ainda se fala muito de investimento material em obras infraestruturais, quero trazer uma lufada de ar fresco que imprima modernidade às políticas locais e que devolva centralidade e posicionamento estratégico a Bragança.
Apresento-vos em primeira mão dois projetos-bandeira dos quais, a seu tempo, conhecerão mais detalhes:
- "Bragança Inovadora", que transformará Bragança num polo de inovação, empreendedorismo e tecnologia aplicada às regiões de baixa densidade e vida saudável.
- "Bragança Criativa", que valorizará a identidade cultural de Bragança, projetando-a internacionalmente como cidade criativa e cosmopolita; promovendo a saúde, o desporto e a qualidade de vida e tornando-a uma referência no bem-estar ativo e sustentável.
Queremos afirmar o nosso território como concelho-laboratório de inovação tecnológica e modelo europeu de território inteligente de montanha, que valoriza o conhecimento, a criatividade, a sustentabilidade e a inclusão. Um concelho preparado para o futuro e atrativo para os jovens, que nos posicione como uma referência na atração de talento, experimentação tecnológica e cooperação internacional, articulando as nossas infraestruturas científicas, culturais, sociais e económicas em parcerias sólidas.
Nestas parcerias com o Município, o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) terá um papel central. A criação de núcleos de base científica e tecnológica é o motor de desenvolvimento e de valorização dos territórios com futuro. O IPB tem uma enorme capacidade de qualificar jovens que precisamos de fixar, e de gerar conhecimento nos seus centros de investigação, que importa transferir para as empresas locais, contribuindo para o desenvolvimento de produtos, processos e serviços de alto valor acrescentado.
Daremos prioridade à criação e desenvolvimento do nosso ecossistema de inovação/rede colaborativa de base territorial, com uma aposta clara na internacionalização e atração de investimento externo, tirando também partido da posição geoestratégica de Bragança do ponto de vista transfronteiriço e da sua relação com países de língua portuguesa.

