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Uma vez mais, o brinquedo preferido das televisões e dos tecnocratas do nevoeiro e das malas ganhou aos minutos. Lá se conseguiu jogar para mais uma absoluta perda de tempo, em total desrespeito pelas equipas, pelos atletas e pelo público que já pensa duas ou três vezes antes de adquirir um bilhete para a Choupana e, seguramente, dez vezes, antes de marcar uma viagem para a Madeira em dia de jogo. O mal que fazem ao futebol, em nome de interesses imperscrutáveis, é absurdo. Pela 18.ª vez neste século, a segunda vez nesta temporada, após o mesmo ter sucedido com o Benfica. Para cúmulo, a vontade do Nacional de voltar a repetir o horário das 18 horas no dia 15, o momento marcado para a repetição do jogo. Haverá limites? Ou vamos mesmo continuar a fazer tudo igual, simulando algo completamente diferente?
Atentar contra a verdade desportiva é isto. Saber de uma previsão meteorológica que já previa nevoeiro, esquecer todo um histórico de acontecimentos iguais, críticas iguais, resultados iguais. E insistir. Insistir para adiar, ferir o que é o momento das duas equipas num calendário aleatório que assim se torna certo e à medida. Fica a sugestão de irem marcando os jogos conforme as conveniências, à la carte. Não se deem sequer ao trabalho de fazer o sorteio. Façam mar revolto com as datas que até já nem são nada apertadas. Brindemos com poncha e façamos todos de conta que isto é mesmo para levar a sério.