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Nos debates televisivos sobre autárquicas, quase todos prometem atacar a burocracia, embora se perceba que não têm soluções e alguns são mesmo responsáveis pelo flagelo administrativo, quando se recandidatam. É um mal nacional e as propostas governamentais para o atacar só têm conduzido a novos circuitos agravantes do problema. Queixam-se os cidadãos em geral, as empresas em particular e quem tem de lidar profissionalmente com câmaras e outras instituições desespera com estas práticas administrativas que só prejudicam o cidadão, a economia e o desenvolvimento do país.
A era digital e a "inteligência artificial" parece que só complicam o tema, pois as adaptações não são fáceis e tudo funciona da frente para trás quando deveria ser o contrário, preparar as "máquinas" e os funcionários que nelas trabalham com espírito de simplificar procedimentos e não complicar com "minudências" administrativas contrárias ao espírito que se deseja alcançar.
Daqui se percebe muito do nosso atraso civilizacional, velha pecha que faz do país mais atrasado e menos desenvolvido técnica e economicamente. Produzimos pouco, somos ultrapassados na competição com outras economias, não porque somos piores ou menos trabalhadores, mas porque temos "máquina pública" mais pesada e dependente de chefias sem visão e coragem para verdadeiras mudanças e que produzem legislação sem ouvir quem sabe, ou seja, aqueles a quem ela de destina.
Quando temos uma juventude bem preparada, deixamo-la fugir para o exterior onde o reconhecem e pagam melhor e tapamos os "buracos" com aquisição produtiva menos preparada e que é cada vez menos aceite embora seja essencial. Um país assim não vai longe, acreditem!