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O Governo parece preocupado com um tema importante mas de difícil solução. Reforma dos serviços públicos no sentido de simplificar, reduzindo, a burocracia e tornando mais clara e séria a relação do cidadão com a "máquina" do Estado.
Contudo, a vontade política pode ser séria mas a prática operacional não lhe corresponde. Verifica-se que as queixas individuais e de grupo são grandes e as alterações propostas só têm vindo a complicar a relação entre partes. Na saúde os casos são evidentes e as soluções complicadas; nas autarquias, com processos de obras situação idêntica, mas de ação direta mais retardada; com a emigração vai pelo mesmo caminho e parece que vivemos num país onde tudo corre mal. O tema não tem solução fácil e a culpa, entenda-se, não é só de incapacidade do Governo atual, porque vem muito de trás e responsabiliza toda a "classe política", seja, mudanças profundas na área implicam "sentido de Estado" aquilo que todos os partidos deveriam e precisam de ter para as alterações que o país exige.
Exigência nacional, por razões técnicas de conjuntura, mas, essencialmente, cívicas e culturais de acompanhamento das mudanças geracionais que a Humanidade está a atravessar, ainda por cima, em clima bélico quase à porta mas que se repercute de forma direta internamente. Ou os partidos entendem isto, ou andamos a dar "tiros de pólvora seca" ineficazes que só deixam tudo pior. A encruzilhada não passa por interesses particulares de famílias políticas, mas pelo interesse nacional e coletivo de sobrevivência.