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Não sou muito de redes sociais. Porém, sinto ser campo de leitura do pensamento e opinião do geral do país, onde se dizem e fazem os comentários mais absurdos da “vida pública e do respirar da sociedade”.
Não falando de futebol, onde as paixões assumem linguagens perturbadoras como se o jogo não terminasse, a política entra na contenda como se os personagens que dela vivem vestissem os mesmos interesses. Têm muita culpa disto as TV que dão todas o mesmo e à mesma hora, numa falta de imaginação que parece expressar a falta de “cultura crítica do país”.
De fora, da Europa pelo menos, não nos trazem melhor clima e, de política, assistimos a um derrapar de valores preocupante que aqui a Ocidente, à beira-mar, nos deveria fazer pensar. Governo e oposições, pois esta derrapagem não augura nada de bom a um povo periférico e envelhecido, dependente e sem estratégias consistentes para o seu futuro.
Quem percorre as “redes sociais” percebe isto, o culto da mesquinhez e maledicência de quem nos dirige ou ambiciona dirigir, a cegueira militante dos “apaniguados” do partido do Poder e ignorância cívica dos que a ele ambicionam. Faltam-no líderes e os jovens que se preparam nas escolas e faculdades e não alinham nas jotas, sentem-no e respondem com desinteresse cívico e abstenção. Que é muito mau!
Temos aí a Jornada da Juventude, com mobilização jovem menor que o esperado, o que também preocupa pois não é só iniciativa católica. Contudo é um abanão que o Papa Francisco dá à passividade social, e um “negócio” para muitos, poder político incluído. Mas, depois de “arrumada a casa”, esperemos que as contas fiquem em ordem e não entremos em novos ataques de responsabilização mútua, pois todos sabem que será sempre o mesmo “mexilhão” a pagar. Caso para dizer: haja juízo nas cabeças e responsabilidade nas consciências!
*Arquiteto e professor