A Inteligência Artificial (IA) não vai mudar o Mundo. Já mudou, há décadas. E não é por existir que deve deixar a verdade, verdadinha, em apuros. Dois casos de aproveitamento mostraram esta semana que o perigo reside em quem a usa - e vai usar, dúvidas não há - para ludibriar os demais: uma fotografia gerada por computador submetida a um concurso e uma falsa entrevista ao piloto de F1 Michael Schumacher, em coma desde 2013. Os recursos devem ser aproveitados, mas como em tudo, seja com a água ou com os metais preciosos, a sobreexploração e a ganância, vão esgotá-los, deixando a Humanidade mais vulnerável. A IA que temos na palma da mão com os nossos telemóveis não mente, quem aldraba somos nós, os cérebros por detrás da sua utilização. A IA vai permitir curar doenças, ajudar ao desenvolvimento, combater a pobreza, assim queiram os cérebros que a comandam.
*Jornalista

