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Na mais recente crise governamental, o primeiro-ministro "encheu o peito de ar e segurou o ministro Galamba", em choque frontal com o PR e a opinião geral que consideravam o dito como "produto tóxico" governamental. Não é caso único mas, depois das peripécias vindas a público, custa perceber este desfecho, quando temos pela frente assuntos tão importantes para resolver e gente deste tipo na governação, de competência e credibilidade duvidosa.
António Costa tem gerido um "pacto de acordo" com o PR favorável aos dois órgãos de Poder e. até aqui ao País, sabendo que tem um governo de "comissários políticos" quando precisava de ministros à imagem dos "velhos tempos" e sem que fizessem do espaço governamental "capoeira de galos" em luta pelo Poder interno partidário. Uma coisa é o PS, outra o País e os cidadãos, que começam a mostrar estarem cheios disto. Não o perceber é perigoso para o futuro da democracia e Costa teve "escola de elite" política e profissional, conhecimento e experiência das matérias, bem diferente do comum de gente que lhe anda à volta.
Certo que o "Presidente falador" deixou ultimamente "mensagens de alerta" mais do que lhe é habitual, mas no PS há gente no ativo a pensar o mesmo e a "consciência" do PM não pode segurar "bonecos de palha" quando o território está fértil em "incendiários". Os nossos principais problemas são também europeus e não só nossos, mas o que se passa é "dentro de casa" onde se precisa e exige boa governação, com visão estratégica que assegure futuro e compromisso com as novas gerações.
O País escolheu Costa com maioria mas não alguma desta gente que tem passado pelo Executivo e pela AR sem merecimento e, quem fez esta escolha, começa a ficar sem paciência para certas diatribes. Será que António Costa não percebe isto?
* Arquiteto e professor