Que André Ventura não saiba muitas palavras ou faça questão de esconder outras que conheça quando fala no Parlamento, não é grande surpresa. Pelo menos uma das hipóteses é requisito obrigatório para todos os candidatos a Trump ou Bolsonaro. Não foi pela diversidade linguística que o Tiririca foi eleito.
Corpo do artigo
Acontece que não é função do presidente da Assembleia da República pronunciar-se sobre a qualidade oratória dos deputados. E é muito irritante que nos tenha colocado na posição de lhe lembrar que Ventura pode dizer "vergonha" quantas vezes quiser.
A narrativa favorita da extrema-direita é inventar uma limitação à liberdade de expressão. Segundo essa fantasia, criticar quem defende a xenofobia, quer medidas contra as minorias e pede retrocessos políticos e sociais chocantes está a atentar contra a liberdade de expressão. Só que não está. Está é contra a estupidez de quem acredita no discurso do ódio. Essas supostas vítimas de censura, na falta de argumentos sólidos, prefere chorar como as crianças contrariadas. Ora como reagiu o líder do Chega? Chorou muito e fez queixinhas a Marcelo. Ferro Rodrigues tem a obrigação de saber mais.
Jornalista