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Das muitas preocupações que vivemos e não são fáceis as soluções, o SNS, Serviço Nacional de Saúde, ameaça gerar uma crise sem limites. Há que reconhecer que o atual ministro, Manuel Pizarro, herdou um ministério “armadilhado” pelo “esquerdismo” anterior e falta de diálogo com médicos, enfermeiros e restante pessoal que suporta a funcionalidade correta do mesmo. Tem feito o que pode mas as soluções pouco prometem e os alertas são desesperados, parece estarmos num país de surdos.
É geralmente reconhecido que o SNS foi das melhores criações da Democracia, não é de esquerda ou de direita, abrange todos os cidadãos e sendo público no essencial não vive isolado do privado e social. Houve bons exemplos disso e o esquerdismo anterior acabou com alguns, deixando no lugar vazios sem solução. Manuel Pizarro, médico competente, sabe isso e está tentando reorganizar os serviços, mas precisa de apoio político para o fazer e, para além do travão financeiro negocial, não tem tido o apoio que se exigia do primeiro-ministro.
Ninguém faz “omeletes sem ovos” e, neste caso, parece não haver também “frigideira” à disposição do “cozinheiro de serviço”, o que é grave pois pode “inflamar toda a cozinha” e não chegarem os “bombeiros de serviço” para dominar o fogo.
Tanto mais que a Saúde tem a ver com a população envelhecida e também com o clima, vamos entrar em meses mais complicados e as necessidades de resposta serão maiores e exigirão o empenho de todos, mesmo que os profissionais e o governo tenham de “engolir alguns sapos” em nome do interesse nacional que é o mais importante. Claro que o PM não pode “assobiar para o lado” como se tudo estivesse a correr pelo melhor, pois a Cidade, a Cidadania e Democracia não podem “tomar conta da rua”.