As próximas autárquicas vão trazer surpresas. Com poder mais disperso que o atual, vão transferir-se para muitas autarquias problemas burocráticos e funcionais que não ajudarão a melhor governabilidade.
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A começar nas lideranças das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. No que toca aqui a norte, temos ouvido propostas para temas estruturantes, que denotam pouco estudo ou mesmo ignorância. Isso preocupa, por desconhecimento urbanístico e funcionalidade urbana, que mostra fragilidades das candidaturas e pouco conhecimento técnico e social do território e populações que o ocupam.
Não se irá discutir o mais importante, o “mercado eleitoral gasta produto diferente”, o cidadão está preocupado com “problemas maiores” de âmbito mundial e europeu e aquilo que nos “toca à porta” até é subalternizado. Parece que aquilo que conta é ganhar o poder e depois se verá como funciona, o que é mau, pois a estabilidade da Democracia passará muito pela capacidade funcional autárquica e pela sua afirmação liderante e descentralizada e proximidade com os cidadãos.
O poder central, Governo, será como os anteriores, “máquina burocrática pesada e concentrada”, olhando para sua manutenção a todo o custo e, na conjuntura que o exterior “oferece”, obedecendo a diretrizes que não serão as melhores para a vida interna local.
Em resumo: teremos ou estamos já a ter, uma campanha sem grandes ideias sustentáveis, mais feita de “folclore político” do que conteúdo credível e exequível, aquilo que os cidadãos mais precisam, embora às vezes, se esqueçam de exigir. Todos os alertas são úteis e necessários e convém não andar distraído enquanto “a caravana passa”, porque esta não pára!