<p>"Olho na ladroagem". Era com esta mensagem estampada num dirigível de sete metros, que o PND-Madeira queria irritar Alberto João Jardim e os seus quase 40 mil apoiantes que se juntaram na festa do Chão da Lagoa. De véspera, os promotores da iniciativa do dirigível foram dormir para a serra, para dali lançarem, a tempo e horas, e em segurança, a sua farpa contra os sociais-democratas. Mas a missão revelou-se impossível. Quatro tiros de caçadeira vazaram o frágil objecto voador, quando estava a ser calibrado, antes mesmo de voar. E o PND, embora diga que teria sido fácil tapar os furos, preferiu recuar e não lançar o dirigível.</p>
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O episódio ficaria como mais um do imenso manancial de histórias da Madeira em que o todo-poderoso Jardim ou é protagonista ou anda lá perto. Jardim, aliás, acha que tem de ser sempre o protagonista, e é por isso que esta história não acaba assim. Continua, agora com o PSD-Madeira e o seu líder na condução dos episódios seguintes.
Com efeito, o PSD-Madeira anunciou que vai processar criminalmente os responsáveis pelo lançamento de um dirigível perto do local onde decorria a sua festa. O todo-poderoso PSD-M diz que o objecto poderia ter causado danos pessoais e materiais gravíssimos caso caísse no espaço da festa ou chocasse com qualquer infra-estrutura eléctrica.". O PSD-M não ignora que os promotores do voo estavam autorizados a lançar o dirigível, e por isso também quer processar as entidades envolvidas na autorização. Como esta história vem da Madeira, é óbvio que o comunicado do PSD-M não está interessado em saber de onde vieram os tiros. Esse é um pormenor sem importância.
Tem razão o PND: "Olho na ladroagem" é que é.
P.S. Longe de mim querer retirar a Joana Amaral Dias o seu direito a férias no estrangeiro. Mas o seu líder Louçã, que está por cá e que destacou "a honra" com que ela terá recusado o convite que lhe terá sido feito pelo PS, já lhe deveria ter mandado uma mensagem para que falasse, explicando quem lhe fez o convite. É que depois de Sócrates ter dito que não a convidou nem mandou convidá-la, quem está em maus lençóis é ela própria e o líder do Bloco, que acreditou na história que lhe foi contada.