Escrevi aqui várias vezes sobre os aumentos de comissões sem explicação na Banca e sobre o dinheiro que os contribuintes pagaram para salvar os bancos das suas escandalosas decisões - nos últimos 12 anos, os portugueses entregaram-lhes 20 mil milhões sem retorno.
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A vida de banqueiro é difícil, especialmente porque é complexo explicar, depois de terem recebido tanto dinheiro sem agradecimento algum ou sequer um ato público de contrição, por que razão cobraram pelo menos 1,5 mil milhões de euros em comissões, só em 2019. Subiram os salários dos trabalhadores acima da inflação? Não. Abriram novos balcões? Não. Remuneraram melhor quem lhes entrega o dinheiro para os seus negócios? Não, pelo contrário.
Impor limites às comissões é uma intromissão do Estado na gestão privada, queixa-se a Banca, abespinhada com a louvável iniciativa do Parlamento. Já torrar dinheiro dos contribuintes para limpar o lamaçal que os banqueiros criaram é uma obrigação nacional que os portugueses deveriam, ajoelhados, agradecer. E que tal impor também limites à sobranceria?
Jornalista