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O Município de Famalicão e o Centro de Estudos e Intervenção em Proteção Civil (CEIPC) promovem nesta quarta-feira, 12 de fevereiro, na Casa das Artes de Famalicão, o seminário “Bombeiros: que responsabilidade do poder central e local, na atualidade e no futuro?”.
Adianto-me à discussão e desde já afirmo que a responsabilidade é e tem de ser a maior. Os bombeiros prestam um trabalho inestimável à comunidade e às pessoas. Desenvolvem um trabalho de verdadeiro serviço público, que se materializa muitas vezes na presença de um apoio e de um auxílio nas horas de maior dificuldade e necessidade. É uma ajuda que não tem preço!
O sentimento de conforto e de segurança dos cidadãos tem também muito a ver com a perceção que têm das respostas de retaguarda de socorro que estão disponíveis para qualquer emergência. Não há sentimento de segurança sem confiança nos bombeiros.
Cabe ao poder local assegurar as condições mínimas de financiamento para o bom funcionamento das suas corporações. É o que fazemos em Vila Nova de Famalicão, com um apoio financeiro mensal atribuído às nossas associações humanitárias. Anualmente, são mais de 700 mil euros que investimos nos bombeiros de Famalicão e no núcleo da Cruz Vermelha de Ribeirão, valor que nos últimos três anos cresceu cerca de 40%. Apoiamos em 50% o funcionamento das nove equipas de intervenção permanente presentes nas nossas corporações, a que acrescemos apoios de investimento para a modernização de equipamentos e infraestruturas.
Uma central única de atendimento e um centro de recursos do território são novos desafios que assumimos para a Proteção Civil local, com base e centro de operações no Campus da Proteção Civil Municipal. Apetrechado com um heliporto, alojamento, centro de formação e centro de videovigilância, entre outas valências, esta é uma estrutura cujo exemplo deveria ser alargado a mais territórios.
Mas este compromisso local não substitui o compromisso nacional. Os bombeiros são tão importantes para as regiões como o são para o país. A administração central não pode deixar de olhar para os nossos bombeiros como uma condição essencial para o socorro dos cidadãos e para a segurança do país.
Os bombeiros são a nossa retaguarda de proteção e socorro. Portanto, a Proteção Civil tem que ser uma prioridade nacional e local.