Tinha tudo para ser uma coisa séria, um refresco na goela da democracia, mas depressa se transformou numa comédia, que é tudo o que a política não devia ser. Há apenas quatro meses, os analistas amassavam os dedos nos teclados para explicar o quadro parlamentar que acabava de despontar em Portugal.
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Os partidos tradicionais, aos quais quatro anos antes se tinha juntado o PAN, ganhavam a companhia de Iniciativa Liberal, Chega e Livre, cada um com o seu deputado.
Não foi preciso esperar muito para todas as análises serem substituídas por outras, individualizadas, e que não ficam nada bem aos atores da cena parlamentar. O Iniciativa Liberal perdeu a confiança do líder - que se despediu no Twitter, onde nasceu - o Livre retirou a confiança política à deputada e no André Ventura, do Chega, ninguém com as meninges no sítio poderá confiar.
*Jornalista