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O défice baixo, o crescimento previsto em alta, tudo corre bem. Parece o cenário idílico de um país em franco desenvolvimento, mas infelizmente é Portugal, em que o primeiro-ministro sorri confiançudo, enquanto a população sofre para comer, pagar as contas e aquecer a casa. Faz lembrar a célebre frase de Luís Montenegro ao JN, em 2014, quando disse que "a vida das pessoas não está melhor mas o país está muito melhor". Toda esta energia positiva não parece bater certo com um país em que é necessário dar 240 euros às famílias mais necessitadas. É cerca de um milhão de famílias abrangidas. Mas parece que o plano se fica por aqui. Ninguém tenta resolver os famosos problemas estruturais da pobreza ou compensar a perda de poder de compra, com uma inflação galopante que, mesmo que deixe de galopar, não vai certamente fazer um trote em marcha à ré. Feliz Natal.
*Jornalista