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A Universidade será sempre um agente líder na evolução contínua de um país, não se devendo confinar a um mero instrumento administrativo de especialização técnica. Tem de ser capaz de fazer convergir de forma permanente o conhecimento e a cultura, formando cidadãos que coloquem esses valores ao serviço da sociedade e do desenvolvimento económico, que tem hoje graus de exigência distintos no domínio da economia social e da sustentabilidade. A reorganização do Ensino Superior é um desafio permanente à capacidade de mudança de um país, porque é um elemento decisivo na matriz do seu desenvolvimento. O Ensino Superior é, para além disso, um dos maiores fatores de coesão territorial, enquanto meio de promoção económico e social. Quando o Governo está a implementar um novo modelo de financiamento do Ensino Superior, o país como um todo e o rumo estratégico que para ele planeamos não poderão ser ignorados.
Ao colocar quase 1600 novos alunos, só na primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, a UTAD afirma-se, uma vez mais, como uma instituição líder fora do eixo litoral do país. A ligação com a envolvente continua a ser um desafio permanente, moldado a novas exigências e desafios, cada vez mais centrados na criação e fixação de emprego qualificado, como a base mais sólida para o desenvolvimento. Aceitando a inevitável competitividade global do conhecimento, a UTAD terá necessariamente de manter um foco no impacto territorial do mesmo. A universidade não poderá ser apenas um local de passagem temporária, mas o “driver” central para a captação e fixação de talento. Só assim poderemos crescer em produtividade e na cadeia de valor dos diferentes segmentos de atividade económica.
Quando a estrada que trilhamos parece difícil, quando queremos sorrir, mas temos de suspirar, podemos descansar se for preciso, mas nunca desistir.