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A viagem a Frankfurt foi enriquecedora e emotiva. As emoções do jogo foram à flor da pele, mas hoje escrevo sobre os grandes contrastes que aquela cidade tem. Tive oportunidade de conhecer um pouco de Frankfurt à noite e durante o dia, no pouco tempo livre que os jornalistas têm nestas alturas. A cidade é bonita, tem um centro histórico com uma arquitetura clássica, casas muito típicas e praças amplas e bonitas. Em contraste, a zona do Banco Central Europeu tem prédios altos, raros de ver na Alemanha e com estilo muito empresarial. O maior contraste que vi foi a zona da estação central de comboios. Naquela área vê-se de tudo: droga, prostituição e álcool. À luz do dia ou, neste caso, da noite. Vi pessoas deitadas no chão visivelmente drogadas e outras a injetarem-se como se nada fosse. São ainda muitas as casas de prostituição legais em Frankfurt. O que mais me surpreendeu e até chocou foi que esta zona fica a três minutos a pé do Banco Central Europeu, coração económico da Europa. Mas nem todos os contrastes de Frankfurt são maus. Em Portugal, às vezes encontros de adeptos rivais acabam em violência, aqui foi bem diferente. No dia e noite de jogo houve vários momentos em que os eslovenos encontraram portugueses. Houve confusão? Não. Só cânticos de “Messi” contra cânticos de “Cristiano Ronaldo”. É possível ser civilizado no futebol.