Gouveia e Melo será, sem dúvida, uma das figuras marcantes do ano que finda na próxima semana.
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Mas enquanto muitos verão apenas o que de positivo conseguiu com o plano de vacinação em massa da população (talvez mais no apaziguamento das tensões políticas e na comunicação com o país), há a necessidade de perceber que o decidido militar parece agora titubear nas ideias sobre uma possível carreira política. Se em tempos pediu uma corda para se enforcar caso caísse na tentação da política, porque a "democracia não precisa de militares", o vice-almirante que passa a chefe do Estado-Maior da Armada deslizou nas suas convicções e já abriu a escotilha a um futuro político ou até à criação de um movimento cívico. Falta saber quais as ideias políticas para o país e por que razão a maré virou desde outubro até agora.
*Jornalista