Neste início da segunda volta, sobre a improbabilidade da ressurreição. Numa corrida a três, nove pontos de diferença são pontos bastantes para afastar o Benfica da corrida ao título nacional.
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O F. C. Porto discutirá o ceptro com o Sporting daqui a um mês, no clássico que se jogará no Dragão. Até lá, se ultrapassar Famalicão e Marítimo (ambos em casa) e Arouca (fora), retira definitivamente o Benfica da rota pelo título e colocará os leões sobre intensa pressão. Caso, na próxima jornada, o Sporting saia vitorioso do confronto com o Braga, colocará as águias num campeonato muito particular: o da Liga da depressão. Independentemente do voo picado, o Benfica não conseguirá atacar o segundo nem sentir o perigo de poder cair para o quarto lugar, com o Braga (já distante) sem morder os calcanhares. Avança o balanço fora de época, marcar presença na pré-eliminatória da Liga dos Campeões do próximo ano e reequacionar o clube a nível directivo, plantel e equipa técnica. Outra liga, enquanto os rivais jogam por títulos. Ou o preço a pagar pela insistência em velhas ou requentadas soluções.
O jogo do F. C. Porto, contra o Belenenses SAD, não envergonhou os adeptos do Belém. Com 11 jogadores e igualmente sem sinal de protesto, os azuis do Restelo entraram bem no jogo e mostraram extremosa motivação. Os dragões só mostraram verdadeiro acerto após a expulsão e o primeiro golo de Evanilson e foi, uma vez mais, um Francisco Conceição decisivo a sair do banco para encostar a equipa à vitória. Depois, Fábio Vieira e a habitual mestria. Jogo resolvido com um "hat-trick" de uma promessa que se concretiza (todos os golos num misto de frieza, técnica e oportunismo), Taremi a marcar pelo terceiro jogo consecutivo na Liga e Wendell que tarda em mostrar que não tem medo do jogo. O F. C. Porto mostra que sabe ganhar mesmo num dia menos bom de Luis Díaz.
Ponto positivo: Evanilson prometeu suplantar o estatuto de promessa. Desde que chegou, provou ser diferenciador. Depois, mostrou complementaridade com Taremi. Agora, prova que pode ser só ele, se a equipa necessitar.
Ponto negativo: A entrada da equipa foi indolente, molengona. O golo sofrido adensou a dúvida mas a (justa) expulsão acabou por virar o jogo para uma corrida contra o tempo. Foi preciso evocar a qualidade.
Adepto do F. C. Porto