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A segunda parte do F. C. Porto com o Moreirense não está ao alcance de qualquer equipa e - convenhamos - foi uma extraordinária reacção a uma primeira parte pouco contundente, assim como a dois jogos onde não estivemos ao nível das expectativas que Farioli criou e recriou com um belíssimo início de época. Após o empate frente ao Benfica e a derrota em Nottingham, tudo o que se pedia à equipa esteve presente numa segunda parte de que muito poucos serão capazes em Moreira de Cónegos. Controlo, coragem, domínio, oportunidades e crença. Se o F. C. Porto não saísse do jogo com os três pontos seria uma enorme injustiça. E esteve para acontecer, não fosse a equipa acreditar num destino diferente pela persistência. A reacção final de júbilo diz muito sobre a capacidade de superação deste grupo de trabalho.
A fome de vitórias após dois jogos sem vencer obrigou Farioli a voltar a jogar mais na criatividade do que na intensidade. As contas são de outro Rosário. Com Gabri Veiga ou Rodrigo Mora, as soluções ofensivas são também criadas por rasgo individual e não há nenhuma equipa crescida no mundo que possa abdicar dessa condição para surpreender os adversários, somando-a ao jogo colectivo. Apesar das contrariedades, de um golo anulado por centímetros, de um golo do adversário em ressalto-carambola, apesar de um adversário mais do que competente, este é um daqueles resultados que soma mais do que três pontos. No regresso ao Dragão, o lançamento para o jogo com o Braga está feito. Que ninguém abdique do que somos capazes de fazer em nome de uma falsa sensação de solidez.

