Ontem, foi Dia de Todos os Santos. Hoje, é Dia de Finados e escolhi talvez nessa onda espiritual uma crónica sobre os bastidores de todas as emoções
Corpo do artigo
"Cuba libre" é uma série produzida pelo meu amigo Henrique Oliveira que está ainda disponível e já só pode ser vista na RTP Play, porque os seus vários episódios já foram todos emitidos.
Vários outros meus amigos que estavam alertados para o facto tiveram a sorte de poder ver os episódios à medida que eles foram sendo exibidos, o que não aconteceu comigo. Apesar de já ter sido posteriormente avisado para a absoluta necessidade de ver esta série, foi só há poucos dias que me apercebi do que estava a perder quando vi um derradeiro programa sobre os bastidores desta produção. Com uma lágrima no olho.
Apesar de gostar muito de filmes, não tenho sido useiro e vezeiro nesta nova moda das séries. Mas bastou-me assistir a estes escassos 20 minutos dos bastidores de "Cuba libre" para perceber que a próxima coisa que vou fazer quando tiver umas horas livres é ver de uma assentada todos os episódios desta produção nacional com qualidade realmente internacional.
Para quem não acreditar no que eu aqui escrevo, recomendo o rápido visionamento destes bastidores, que nada contam sobre a história de "Cuba libre" que possa estragar a surpresa de a querer ver, mas elencam um conjunto de emoções em que aposto que nem o mais empedernido leitor ficará insensível.
Assistir como eu assisti às emoções contadas na primeira pessoa pela atriz Beatriz Godinho, bem como por muitos dos seus colegas desta série, é um convite irrecusável a irmos correr todos atrás da RTP Play. Como se isso não bastasse, os depoimentos de outros técnicos ligados à produção, como cabeleireiros e maquilhadores, que explicaram como envelheceram Margarida Marinho e restantes protagonistas, ou ouvir falar Patrícia Vasconcelos de como ultrapassou as dificuldade inerentes a um casting internacional com pouco orçamento é um desafio irrecusável.
Deixo para o fim o meu amigo Henrique Oliveira, que já não via a produzir uma série desta envergadura desde o "Major Alvega". Erro meu, má fortuna, porque quem sabe do ofício como ele seguramente que já fez muitas outras coisas que eu devia ter visto nos anos que passaram entre estas duas obras-primas.
Só fica o meu lamento de que a verdadeira Cuba continue à espera de ser livre.
*Empresário