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Quando esta semana a Polícia dos EUA revelou as imagens da casa onde o ator Gene Hackman e a mulher morreram, a primeira coisa em que reparei foi na tremenda confusão que ali havia, milhares de objetos, todas as divisões sobrelotadas. Depois, lembrei-me do papel tão difícil que a mulher do ator, que sofria de Alzheimer avançado, desempenhou nos últimos anos de vida dele, tendo sido a sua única cuidadora, 24 horas por dia. Quando ela deixou de cuidar, ele ficou sem proteção, e morreu uma semana depois. Este mediático caso terá de servir de alerta para o tremendo e também terrível papel que os cuidadores desempenham, tantas vezes solitariamente. Falta reconhecimento social e legal para quem cuida. E este seria um dos caminhos para diminuir o trágico aumento dos internamentos sociais que subiram 8% entre 2024 e 2025.