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Na União Europeia, as eleições de 9 de Junho exigem a atenção dos europeus, de forma a que possamos gerar uma solução de boa e estável governabilidade das instituições europeias, capaz de ser reformista e corajosa, fazendo parar os extremismos de direita que vão capitalizando os descontentamentos dos cidadãos.
Depois das eleições legislativas de 10 de março 2024, que registou uma vitória curta e clara da Aliança Democrática, fica a preocupação sobre a estabilidade da governação do país, que agora aguarda a apresentação do Governo pelo indigitado primeiro-ministro dr. Luís Montenegro, que se quer e espera forte, na capacidade técnica, de gestão e política.
Agora, é o tempo das eleições para o Parlamento Europeu, como sempre da maior importância para definir e garantir a governabilidade das instituições europeias, desta vez com a perspetiva crítica de termos a extrema-direita no hemiciclo com uma importância bem superior ao que aconteceu nos últimos anos.
A União Europeia necessita com urgência de uma reforma determinada na aposta na verdadeira sustentabilidade da evolução da atividade económica que garanta a sua competitividade, ao mesmo tempo que vai fazendo uma transição energética, ambiental e digital, com a devida competência que se exige sustentável nos seus três pilares: ambiental, social e económico.
O Partido Popular Europeu, que integra o PSD e o CDS, vai ganhar as eleições de junho próximo, mas a possibilidade de o Partido Socialista Europeu ter uma relevante redução da sua importância poderá entregar aos dois partidos da extrema-direita no Parlamento Europeu um papel determinante na governabilidade das instituições europeias, colocando condicionantes novas e diferentes para a garantia da governação da União Europeia.
Será garantida a governabilidade com a necessária estabilidade?
O exemplo da moderação do Governo de Itália vai ser um estímulo positivo para a governabilidade das instituições europeias sob a liderança da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ou o radicalismo de outros vai ser mais determinante e condicionador?
A nova maioria no Parlamento Europeu vai ser capaz de ser solidária, estável e construtora de uma Europa mais relevante em termos políticos, e mais determinante nas opções que a NATO vai tomar para a gestão das operações políticas e militares, que sejam mais capazes do que as dinâmicas de guerra às quais a Europa e o Mundo vão dando primazia?
Atenção. Muita atenção.
É muito importante dar atenção às eleições do Parlamento Europeu, cuidando da governabilidade das instituições europeias que são da maior importância para todos os portugueses e europeus.