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Vivemos num novelo, emaranhados em histórias com muitas versões, porque quem mente logra com a nossa incapacidade para seguir as histórias de início ao fim. A execução a tiro de 15 pessoas em Rafah, em Gaza, revela-nos esse lado vil de quem mente e volta a mentir para que a verdade escorregue sem a conseguirmos apanhar. Israel afirmou que os profissionais de saúde e humanitários abatidos enquanto trabalhavam viajavam de luzes apagadas, o que tinha levado os militares a considerarem os veículos suspeitos, desculpando-se assim pelo crime de guerra. Um vídeo do "The New York Times" desmentiu a versão de Telavive. Estas 15 pessoas viajavam em ambulâncias com as luzes acesas quando foram intercetadas. Mais, a BBC revela, após investigar o fuzilamento de 23 de março, que foram disparados mais de 100 tiros. Cem tiros para matar 15 socorristas desarmados.