Daqui a um ano - dois anos depois da covid-19 entrar em Portugal -, pouco vai estar diferente no quotidiano. A pandemia continuará a fazer vítimas, individuais e sociais, e a perturbação diária continuará a ser uma normalização diária, acompanhada de máscaras, desinfetante, teletrabalho, pouca vida comunitária e o mesmo medo familiar.
Corpo do artigo
A vacinação vai estar atrasada e é difícil que portugueses como eu (felizmente não estou nos grupos de risco) tenham já sido chamados. Até lá, é bem mais provável ser infetado do que ser vacinado.
Haverá apesar de tudo uma diferença essencial: Marta Temido já não será ministra da Saúde há muito, depois de ter sido substituída durante ou pouco depois do verão de 2021. E o Governo, se ainda estiver de pé, estará prestes a cair. O PSD ganhou as autárquicas e Rui Rio vai estar a esfregar as mãos de contente e em álcool-gel, para o caso de ser preciso dá-las ao Chega.
Estaremos todos exauridos e nem António Costa se vai aguentar. Vai deixar-nos um país derrotado, cabisbaixo e com contas para pagar. Mais uma década, mais uma crise: culpa da pandemia, culpa de quem tem dirigido o país.
Jornalista