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A água tornou-se um bem precioso e há mesmo quem diga que será o ouro do futuro.
Numa viagem recente que fiz à Suíça, testemunhei a oferta de água potável na generalidade das cidades. Berna, por exemplo, garante um forte compromisso com a sustentabilidade do recurso. Há fontanários por todas as ruas com água potável, os hotéis oferecem água aos clientes, assim como algumas lojas.
Verifiquei que existem razões específicas para esta prática, como a conhecida qualidade da água potável, aliás, sempre investiram imenso na proteção e gestão deste recurso, garantindo que a água da torneira fosse de qualidade excecional e segura para beber. Por isso, as fontes públicas são uma parte importante da história e da cultura suíça, com séculos de existência, e que foram originalmente construídas para fornecer água potável aos moradores e viajantes. Hoje, continuam a ser um símbolo de hospitalidade e, por isso, de distribuição gratuita.
Fiquei a refletir sobre isto. Se o nosso país investisse mais neste bem coletivo, estaria a dar saúde e bem-estar a todos. Promoveria o consumo de água em vez de bebidas açucaradas ou outras menos saudáveis, ajudaria a reduzir o consumo de garrafas plásticas e estimularia práticas mais sustentáveis, contribuído para reduzir o lixo e a pegada de carbono associada à produção e ao transporte dessas garrafas.
Oferecer água gratuitamente garante que todos, independentemente da sua condição financeira, tenham acesso a um recurso essencial. Este é um princípio de justiça social.