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De tempos a tempos levamos uma bofetada da morte que nos leva àquele sítio onde tudo são apelos para relativizarmos os problemas e aproveitarmos o dia de hoje porque o de amanhã pode não existir. Mas é um sítio onde ficamos pouco tempo, só até passar a vermelhidão da estalada. Rapidamente voltamos ao que somos. O desespero de crianças a morrer à fome já só nos faz virar a cara para o lado, é lá longe, eles que se entendam. Enquanto isso, aplaude-se quem corta nos apoios às populações vulneráveis, mas clama por mais uns milhões para a indústria da guerra. É a Defesa, estúpido! Defesa da educação, da escola para todos? Defesa da saúde, do acesso a cuidados básicos? Não! Que raio de defesa é essa, quando o importante é defender e sustentar o lóbi das armas? Pelos canhões, marchar, marchar!