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Quase um mês depois da realização das eleições autárquicas do passado dia 12 de outubro e com praticamente todos os eleitos já empossados, há reflexões sobre o novo ciclo autárquico e sobre o Poder Local que devem ser feitas.
Há uma, em particular, que me parece decisiva para que os próximos quatro anos de governação municipal sejam bem-sucedidos: com a grande capacidade mobilizadora das autárquicas e com os autarcas locais a demonstrarem que continuam a ser o principal elo entre os cidadãos e a política, estou certo que os municípios portugueses têm cada vez mais legitimidade para assumirem a responsabilidade de uma maior capacidade de ação e de autonomia.
O novo ciclo autárquico mal começou e já se anteveem grandes desafios. Desafios que reclamam por reformas fundamentais e investimentos prioritários e que podem encontrar respostas no conhecimento que os autarcas têm dos seus territórios, das suas gentes e das regiões onde se inserem.
É o caso da Habitação, da Saúde e da prevenção da doença. Dos desafios nas áreas do Ambiente, da Neutralidade Carbónica, da Transição Digital, da Mobilidade e da Educação. Dos desafios de uma governação mais eficiente, próxima e transparente e do equilíbrio entre o desenvolvimento e a sustentabilidade dos territórios.
Servir a comunidade que amamos e conhecemos é um privilégio, mas o serviço público, e em especial o de servir como presidente de Câmara, é cada vez mais exigente. Precisamos que o Estado olhe com atenção para os benefícios desta proximidade entre Poder Local e cidadãos e o arranque deste novo ciclo autárquico pode e deve dar o mote para que Portugal repense verdadeiramente as questões da descentralização e do municipalismo.
Da nossa parte, estamos prontos para dar as respostas que são necessárias e para servir com humildade, responsabilidade e determinação os cidadãos, os nossos territórios e o nosso país.
Um excelente mandato para todos os autarcas eleitos!

