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Esta crónica é dedicada ao PS, meu velho Partido. Para lhes dizer que gostei do discurso do primeiro-ministro atual e do Presidente da República, das declarações de António Costa e não gostei, nem entendi, a ausência na cerimónia do secretário-geral Pedro Nuno Santos.
Entendamo-nos: o PS é agora líder de Oposição mas não pode ir atrás da “esquerdalhada” que, tirando o PC, parece ter o “rei na barriga” e condicionar em seu favor o próprio PS.
O Futuro vai ser difícil e o clima político, com repercussões sociais e económicas, mudou e poucos adivinham o que aí virá. Para o Mundo, a Europa e, por tabela, este território na ponta atlântica. Daí as palavras do Presidente da República e do líder do Governo, condicionadoras mas, goste-se ou não, adequadas ao “desconhecido” que nos espera.
Não vai ser fácil governar nem exercer liderança na oposição, em período de transição geracional e cultural, fragilidade e desencanto social, “irritação” com a classe política que vive do emprego e pouco ou nada faz pelo interesse coletivo. A tudo isto deve o PS estar atento, como estrutura central do regime democrático, corrigindo erros que cometeu e sobre os quais deve refletir, pois os figurantes não são muito diferentes mas a nova liderança tem a responsabilidade de “começar por dentro”, exigir que os seus trabalhem naquilo que lhes compete e para que são pagos por todos, fazer dos gabinetes centros de cultura e conhecimento e “portas abertas à Sociedade” e não mordomias adquiridas sem esforço.
Se a liderança do PS tiver esta capacidade inovadora, pode ajudar a governação do País mas, sobretudo, garantir a continuidade das generosas ideias de Abril, agora que se comemoram 50 anos dessa “manhã radiosa e pura”.