A crónica já tratou este assunto várias vezes, seria portanto desnecessário, não fosse o caso de nos ter chegado referência e ser flagrante ao olhar mais desatento: o estado de “abandalhamento” visual e paisagístico do “antigo quartel de S. Brás”.
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É sabido que os serviços municipais “chateiam e ameaçam privados com multas” que não limpam seus terrenos mesmo em zonas menos visíveis da cidade. Pois bem, este caso, que já foi propriedade municipal maltratada mas longe do estado actual, está uma vergonha estética e ambiental e nada se vê feito, como se houvesse “filhos e enteados” para os responsáveis camarários.
É assunto menor e não dá votos, recorda quem trouxe o facto à crónica, mas o estado de degradação do edifício e terreno envolvente não augura grande reabilitação, caminho obrigatório para uma CMP que preze o seu antigo património e as condições em que o alienou. Para outro antigo quartel, em Serpa Pinto, foi elaborado e tornado público estudo urbanístico orientador das operações futuras, no caso agora em apreço nada se conhece e nenhum dos senhores vereadores se preocupa, quer dizer, Poder e Oposição estão de acordo com o “estado de degradação” visível.
Há anos, no desempenho académico, apresentei aos alunos este tema como exercício de reabilitação e surgiram propostas interessantes, uma delas de futura colega hoje técnica municipal, mas ninguém conhece qual vai ser o destino da “peça” e parece que, no conjunto, todos os autarcas estão “a leste” do assunto. Razão, talvez, por ter chegado o tema à crónica e estar daqui a “incomodar” aqueles que deviam andar mais atentos à Cidade. É um caso e haverá mais, mas o leitor que o trouxe merece esta referência, pela atenta visão de cidadania, que passa por estas pequenas coisas.