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Com o palco da Jornada Mundial da Juventude "desaparecido em combate" e a polémica ainda fresca nas nossas mentes sobre o custo de uma obra que iria marcar a cidade de Lisboa, decidi passar o olhos por algumas notícias publicadas ao longo do ano, a ver ser algo me tinha escapado. A 25 de janeiro, Anacoreta Correia, vice de Lisboa, afirmava que já existiam "manifestações de interesse para o palco ser utilizado para futuros eventos", referindo que existiria um redimensionamento pós-evento. A 26 de julho, Carlos Moedas afirmava que "obviamente" já havia "projetos para que esse palco-altar no futuro seja utilizado para eventos" e dizia ainda mais: "As pessoas vão querer ver onde tudo aconteceu e, portanto, é um palco que tem também uma história e tem um significado".
Aparentemente, o interesse museológico não era assim tão grande, já que o palco desapareceu do Parque Tejo e foi "guardado". Os grande projetos não deviam ser assim tão grandes, que até o Rock in Rio foi convencido a ir passar um ano à beira-Tejo, mas nem o altar-palco vai ser usado para receber bandas. Aquele espaço vai ser usado para "interatividade, celebração, debate e inclusão". Confessem lá. Ainda estão a perceber o que vão fazer ali, não é?