Uma primeira palavra para a competição e para a indesmentível qualidade do nosso plantel, apesar das primeiras exibições estarem aquém das expectativas.
Corpo do artigo
Portugal tem o estatuto de favorito na maior competição de seleções da Europa, não havendo espaço para desculpas, esta é a convocatória com mais opções de qualidade técnico-tática de sempre. As “boas dores de cabeça” de Martínez criam dúvidas aos adversários e até a nós, sobre o sistema tático. A magia de jogadores como Bruno, Bernardo ou Vitinha, fazem a diferença, assim como o impacto de ter em campo o capitão Ronaldo - o respeito dos adversários, a qualidade e a emoção que gera nas bancadas, às vezes estendida ao relvado, com sucessivas invasões, na busca da foto com o ídolo.
A longevidade de Pepe, a performance em cada corte e oposição, uma segurança para a equipa e que se junta aos outros dois “resistentes” da última conquista, cruciais no título de 2016 - Patrício e Ronaldo. A estes juntamos a juventude de Neves, Francisco, Félix ou Rafael. Martínez poderá, sem bluffs, mexer na equipa em qualquer minuto de jogo, sempre com excelentes alternativas. Uma segunda palavra para algo, na minha opinião, superior à competição, o contributo do evento para a construção da Paz na Europa, nunca tão urgente e necessário como hoje.
É por isso fundamental dar destaque a todas as manifestações de fair-play entre jogadores, treinadores e público, destacar o ambiente que se vive nos estádios e nas ruas, os adeptos rivais que se abraçam, sofrem e celebram juntos, a presença da Ucrânia de cabeça erguida. E que bela e exemplar ironia, o exemplo máximo teria de vir dos adeptos turcos, a plenos pulmões gritam por Portugal e por Ronaldo, com a camisola das quinas orgulhosamente vestida. Que assim seja no Olímpico de Berlim, celebremos juntos Portugal.