Dia da Sustentabilidade e sua importância para a indústria têxtil
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Assinalou-se pela primeira vez, no passado 25 de setembro, o Dia Nacional da Sustentabilidade, sendo Portugal, para já, o único país do Mundo a ter esta celebração. Uma data simbólica, já que neste mesmo dia, mas de 2015, a Organização das Nações Unidas adotou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Na ocasião, foram aprovados, por 193 estados-membros da ONU e por unanimidade, os 17 ODS e a Agenda 2030, definindo assim as prioridades do desenvolvimento sustentável global para 2030, numa tentativa de mobilizar esforços à volta de um conjunto de objetivos e metas comuns.
Apesar de terem sido várias as entidades nacionais a assinalar este dia, de inquestionável relevância por contribuir para a sensibilização global de diversos atores, muito mais urge ser feito para que seja possível alcançar os objetivos e metas definidas para 2030. Certo é que sem a mobilização de esforços em todos os setores não será possível atingir o desenvolvimento sustentável global pretendido.
No que concerne à indústria têxtil e do vestuário, os desafios esperados são diversos e complexos. Numa altura em que esta indústria se debate com um decréscimo acentuado nas vendas (tendo-se verificado uma quebra nas exportações deste setor de 3% em valor e de 10% em volume, face ao mesmo período do ano anterior), olhar para a inovação e sustentabilidade pode ser a solução para evitar o desastre.
De facto, e em comparação com o desempenho global de outros países produtores têxteis em que as quebras são superiores, a aposta de Portugal em inovação e sustentabilidade tem dado os seus frutos. São cada vez mais as marcas que procuram Portugal para os seus desenvolvimentos, pelo que a sustentabilidade nesta indústria já não é apenas uma questão de responsabilidade social e ambiental; é também uma necessidade económica e uma oportunidade de inovação.
Uma oportunidade que a nossa indústria têxtil tem sabido agarrar, como é exemplo o projeto be@t (https://bioeconomy-at-textiles.com), pois, apesar de a sustentabilidade ser um desígnio global, exige sobretudo uma ação local, numa aposta consistente e articulada com toda a cadeia de valor, para a construção certa de um futuro sustentável.