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Esta promete ser uma crónica para rebentar... ou talvez não, a prudência recomenda que fique para outras núpcias. Peço desculpa por isso, mas fica o aviso de um grande rebentamento. Ou uma espécie de meteoro ou meteorito que passou, há dias, pelas nossas cabeças, sem ninguém perceber muito bem o que aconteceu. A verdade é que não dá para fugir à palavra que domina o futebol português nos últimos dias, culpa de Frederico Varandas, mas que acaba por animar a coisa para o Jamor e facilita os títulos das crónicas. Quem já andou na bola, no campo, nos balneários, e cheirou a relva, percebe o contexto. Mas, quem nunca viveu esse espírito, e ouve um adversário a anunciar que nos quer rebentar fica, naturalmente, mais empertigado e com a adrenalina aos pulos. No final do dia, neste caso concreto, Varandas deu vitamina ao F. C. Porto, de Conceição, e criou um obstáculo ao Sporting, de Amorim. Ou tudo não passa de um “fait-diver”, caso o campeão nacional consiga impor-se a um dragão que, nos jogos a doer, costuma aparecer.
Outro rebentamento foi a convocatória da seleção, ou talvez não. No fundo, imperou a normalidade, com Jorge Mendes a manter o domínio entre os eleitos, com 18/19 jogadores (consoante interpretações) a pertencerem ao lote dos agenciados pela Gestifute. Mérito para o super agente, que continua a reunir, à sua volta, o “filé mignon” do futebol português.
Pedro Gonçalves, como explicou Roberto Martínez, teve... azar. Como na vida, o futebol também é feito destas incertezas e depende muito das convicções de cada um. Martínez, até pelos resultados, merece todo o crédito e respeito, mas se fosse eu o selecionador nacional chamava, com toda a certeza, Pote e Matheus Nunes. E quem ficava de fora? Muito fácil, até sobravam lugares. Rúben Neves, Pedro Neto e... João Félix. Mas também sei que essa seria uma matéria que nem todos estão prontos para discutir. Força, Portugal!
*Editor-adjunto