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A capacidade humana para batizar realidades que eram impensáveis até se tornarem realidades é surpreendente. Hoje não se pesquisa informação; googla-se. Não se tem uma resumida opinião; tuíta-se (ou Xiza-se?). Não se escreve numa rede social; posta-se. Nos EUA, já não se perde o emprego porque um multimilionário elevado a esfaqueador-mor do reino determina cortes de gordura a eito, de legalidade duvidosa dado liderar um Departamento para a Eficiência Governamental (DOGE) não escrutinado; é-se, claro, "DOGE'd". Sabrina, jovem americana, passava umas semanas a conhecer a Europa enquanto aguardava pela entrada ao serviço no novo emprego de apoio sanitário a idosos em lares do Minnesota. Até que o fundo que a subsidiaria foi cortado e ela acabou "DOGE'd". Ela e os velhinhos americanos, essas gorduras que arruinam a eficiência.