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Nunca houve tantas candidaturas à Câmara do Porto. Nada de mal, pelo contrário, parece que a cidade (população) ficará mais representada, porém a sua representação mais dividida e a governação mais difícil.
Esperemos que ganhe o melhor, seja, aquele que se identifique mais com os portuenses. E que tenha “voz grossa” para Lisboa, seja, para o Poder Central e a centralidade, doença que todos têm ou adquirem mal lá chegam.
“O Porto é uma nação”, pois antes da nacionalidade foi uma “república urbana” por cerca de 40 anos, como lhe chamou e bem Jaime Cortesão. Eram outros tempos da praça comercial e financeira da cidade e das “guerras” com a Igreja que mandava, mas mostra a firmeza e coragem deste povo que “deu nome a Portugal” e sempre esteve na primeira linha quando a Nação precisou.
Como agora que andam “nuvens toldadas” sobre o nosso território social e económico e são precisos esforços coletivos para afastar o mau agoiro que nos querem fazer cair em cima. Porto e Norte vestem a mesma carapaça de resistência às dificuldades. Falam a mesma língua áspera e, se trocam algumas letras, é por economia fonética e não por ignorância gramatical.
Espero bom e empenhado desempenho dos candidatos, com compromissos sérios e reais e não “conversa fiada” que tanto anda por aí, dentro de casa e pela Europa. A cidade precisa de sobressaltos mas sem cair em demagogias baratas que só complicam futuro e o Porto está na “corda bamba” de mudança de caminho. Assim o entendam todos!