A justificação do ministro das Finanças para conter a ira dos professores, ao dizer que "a dívida está melhor" é matemática fria. A mesma lógica não pode ser usada para o aumento do número de desempregados. Também a noção de baixo PIB só existe para as famílias quando o senhor do supermercado nos diz que o saldo do cartão refeição se esfumou em bens de pouca dura, frigorífico meio-cheio.
Sabem em que país um em cada dez trabalhadores é pobre? Portugal. E mais de metade não ganha mil euros? Portugal. Em que país o Salário Mínimo Nacional desceu abaixo dos aumentos na UE? Isso, Portugal. Já agora, o metro quadrado a 1500 euros? Portugal. Afastado o cenário de recessão, espera-se que o gráfico da dívida que deixou Fernando Medina a sorrir não seja um arco-íris vaporizado e sem força para dar aos trabalhadores rendimentos condignos.
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