Braga. Dia 2 de junho. Duas docentes e uma funcionária foram agredidas por duas mulheres numa escola.
Corpo do artigo
Matosinhos. Dia 22 de setembro. Um professor foi agredido por um aluno de 16 anos, na Escola Secundária do Padrão da Légua. O docente teve de receber tratamento hospitalar. Vila Verde. Dia 7 de outubro. Uma professora foi agredida à bofetada por um estudante.
Figueira da Foz. Anteontem. Uma professora de 40 anos, no Centro Escolar de Vila Verde, foi agredida por dez mulheres com murros e pontapés e arrastada pelos cabelos pelas agressoras, enquanto era ameaçada de morte. Ficou ferida com gravidade e teve de ser hospitalizada.
São quatro casos só este ano. Há mais. Nos anos anteriores, ainda mais.
Em 2020, a plataforma do Sindicato Independente dos Professores e Educadores recebia uma denúncia de agressão a professores a cada três dias, a maioria dizia respeito a agressões físicas cometidas por alunos (56%).
Passaram dois anos. Ontem, o ministro da Educação, ex-secretário de Estado da mesma pasta, manifestou o seu apoio e solidariedade à professora que foi agredida na Figueira da Foz. Além da mensagem, João Costa pediu a todas as famílias e comunidades que respeitem os professores!
Será certamente correspondido no apelo. Foi sempre assim entre milhares de encarregados de educação, membros de associações de pais e de outras partes integrantes das comunidades escolares. Os mesmos que, sucessivamente, têm vindo a pedir aos governos que garantam as condições necessárias, incluindo segurança, para que a função seja valorizada e respeitada. Para que os professores possam ser professores.
O Orçamento do Estado para a Educação diminui 7,6%. A redução é explicada pelo Governo com a transferência de verbas para as autarquias devido à descentralização. Esperemos pelos resultados.
*Diretor-adjunto