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Em Portugal nem tudo é mau, como muitas vezes se diz e escreve. Nas duas últimas décadas, muitos quilómetros de ciclovias, denominadas por ecopistas, foram desenhadas de norte a sul.
A IP e as autarquias têm dado passos gigantes na preservação deste património que estava em risco. Os espaços canais são demasiado importantes e, quando não protegidos, rapidamente são absorvidos por uma prática de ocupação do território desorganizada, casuística e inesperada, que bloqueiam estes canais de forma ilegítima, ao serviço de interesses particulares. É o que tem acontecido em alguns locais de Portugal e que, de forma irreversível, eliminaram futuro à ferrovia.
O trabalho que vem sendo feito, em parceria entre diversas instituições, tem sido profícuo e dado resultados. Mas não esqueçamos que quando há resultados, é porque as instituições têm pessoas apaixonadas e convictas das suas missões e que, muitas vezes, até sem recursos, não baixam os braços e lutam de forma ilimitada até as coisas acontecerem. Recordo aqui, e homenageio publicamente, Luís Santos Silvestre, um dos pensadores desta estratégia em Portugal.
Com esta ideia foi possível recuperar muitos percursos contínuos, ao longo dos antigos canais ferroviários, nos últimos 20 anos. Este recurso público do domínio ferroviário está, hoje, cada vez mais ocupado por estas pistas cicláveis, numa atitude de sustentabilidade, protegendo o património vivo, recuperando infraestruturas verdes e azuis, dinamizando o desenvolvimento regional, local e turístico, mas, acima de tudo, promovendo os modos de mobilidade saudáveis e a saúde pública!
Parabéns a todos que têm trabalhado nesta missão.