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Os candidatos às eleições autárquicas, já em pré-campanha, começam a apresentar as suas preocupações, privilegiando, pela sua influência na economia e qualidade de vida dos cidadãos, a questão da segurança e a inerente falta de efetivo policial.
Para debelar esta escassez, será importante que esta legislatura sinta esta legítima preocupação por parte dos autarcas e das suas comunidades, e compreenda a imprescindibilidade das forças de segurança nos desígnios do nosso país, reconhecendo, acima de tudo, a escassez dos seus recursos e a necessidade de reorganizar o seu Sistema de Segurança Interna.
No imediato, impõe-se atrair putativos candidatos, apresentando-lhes, para início da atividade, remunerações condizentes com a exigência e responsabilidade da função e carreiras dignas, motivantes e prestigiantes.
Mas é necessário mais! Considerando que atualmente metade do efetivo da PSP desempenha funções na cidade de Lisboa, implícito ao seu ingresso, está uma previsível estadia na capital por longos anos. É imperioso, por isso, que os novos serviços, e alguns dos existentes, possam ser descentralizados, permitindo que “o resto do país” tenha a possibilidade de vir a ser polícia.
Na mesma dimensão de prioridade, com a falta destes profissionais, que se intensificará no futuro próximo, é importante o recurso a meios tecnológicos, visando complementar e reduzir a necessidade desse efetivo, em áreas fundamentais como a vigilância e a investigação criminal.
Da eficaz e urgente implementação destes três eixos estará dependente a segurança do país, acreditando que, no tempo da sua execução, se efetuarão as ações necessárias para a reforma de todo o Sistema.