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Há quem leve demasiado a sério aquela coisa do intestino ser o nosso segundo cérebro. Só isso explicará a corrida aos supermercados para esvaziar prateleiras a cada emergência social, seja sanitária, energética ou inventada. O papel higiénico é vital para o asseio dos neurónios intestinais. As tretas da empatia e do vai ficar tudo bem perdem-se nas sinapses do baixo-ventre. “Queriam uma garrafa de água e uma lata de atum? Azar, eu preciso mesmo de 8976 litros de água e de enlatados até 2098”. “Se forem três dias sem luz, como eles dizem...” Mas quem são eles? Não serão, com certeza, os que voltaram a romantizar a situação. “Foi tão bonito tirar os olhos do ecrã e conviver...” Sabiam que o telemóvel tem botão de desligar? Para mais dias assim não é preciso um apagão geral. Mas disso, pelos vistos, “eles” não falam.