Os três pontos conquistados em Arouca são da máxima importância porque somam a um contexto que não pode excluir o futuro próximo. Encarar este jogo como uma final sem que isso introduzisse presságios de ansiedade, terá sido uma das maiores preocupações de Sérgio Conceição.
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Perder pontos na véspera de um clássico contra o Sporting, um daqueles que pode ser decisivo para as contas do título, seria entregar um trunfo gigante ao rival. De resto, o jogo da próxima sexta-feira com os "leões" nunca poderia ser decisivo se o F. C. Porto não entrasse no Dragão com seis pontos de vantagem e com a possibilidade de a alargar para nove (que serão nove+, em caso de vitória, tendo em conta que o clássico em Alvalade deu empate). A equipa sai de Arouca intacta e confiante, carregando 16 vitórias consecutivas na Liga. Mas não pode partir confortável para o que aí vem.
Depois de uma "semana limpa" de treinos para Arouca, Sérgio Conceição trabalhará uma equipa mentalmente lúcida para o jogo com o Sporting. E pode reforçar ilações deste jogo, o segundo sem Luis Díaz: o regresso de Pepe solidifica uma defesa que vive bem sem Wendell (ainda tímido na abordagem aos lances) e que ganha muito com o regresso de João Mário, Vitinha tem toda a classe para ser maestro e Fábio Vieira definidor do último passe ofensivo, Otávio é o patrão natural do grupo (como se Pepe vivesse no meio-campo), Pepê ainda irá crescer em consistência mas é uma alternativa válida, Galeno mostrou que pode ser útil e Evanilson pode jogar sozinho ou colar em Taremi. Há soluções. Não há o que havia. Mas sentir saudades de Díaz, só nos Aliados.
Positivo: O grande golo de Vitinha desbloqueou um jogo onde o F. C. Porto já havia tido três oportunidades claras. Mas o "craque" pegou bem na bola e assumiu que é ele que pauta o "timing" da equipa.
Negativo: A lesão de Diogo Costa assustou e obrigou à sua imobilização. Apesar de Marchesín dar todas as garantias, ninguém quer ganhar a titularidade na sombra de uma lesão.
*Adepto do F. C. Porto